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TARJA BRANCA: cinco movimentos por um mundo menor

[Criação]

Tarja Branca é um espetáculo de dança que clama pela inventividade e subjetividade inerente ao que é humano. A obra é inspirada no trabalho do artista plástico, poeta e performer Hélio Leites e parte de uma proposta estética híbrida conduzida pela dança e a poesia. Hélio dedica-se a trabalhar com pequenas criações, muitas feitas com palitos de fósforo, tampinhas de garrafa, embalagens vazias reutilizadas e os clássicos botões. Através de suas mãos, materiais descartados transformam-se em personagens, figuras essas que servem como ponto de partida para a construção da dramaturgia do vídeo espetáculo. Assim como o outro Helio, o Oiticica, faz do seu próprio corpo arte e com humor e poesia carrega para seus artesanatos a arte da performance e a de contar histórias. Em um mundo de alienação e vulgarização das palavras, objetos e sentidos, dar valor ao pequeno e percebê-lo como infinito é um ato de coragem. A construção desta dança parte de um corpo-matéria que é sonhado, lixado, lavado, lascado e esculpido em significâncias. Em oposição aos grandes, poderosos e vencedores, nós avançamos e abrimos caminhos para gerar utilidade ao inútil e dar grandeza ao que de nada serve. Teve sua estreia como um vídeo dança, integrando a programação da mostra solar, edição virtual, da Casa Hoffmann, em em Curitiba, 2020. Ao longo de 2021, se apresentou na Bienal Internacional de Dança do Ceará, no Festival de Arte Sesc em Rede/PR e premiada no QualiCult 2021, na categoria melhores solos de Dança do ano.

FICHA TÉCNICA: Concepção e Performance: Patrícia Machado Dramaturgia e Direção: Laura Haddad Colaboração Artística e cenografia: Hélio Leites Composição Musical: Gilson Fukushima Fotografia: Cayo Vieira Edição: Lívea Castro

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